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Na Semana Mundial da Imunização, que vai do dia 24 a 30 de abril, as organizações de saúde destacaram o importante papel das vacinas para a população mundial. O que também inclui o papel da vacina contra a resistência bacteriana (RAM).

Assim como agem para a erradicação de muitas doenças, vacinas também atuam para combater a RAM. Ao combaterem as doenças, reduzem o uso de antimicrobianos e a consequente resistência. 

Recentemente foi divulgada uma luz no fim do túnel para a crescente preocupação com a RAM: uma vacina contra a resistência bacteriana que está sendo desenvolvida.

O crescente problema da resistência bacteriana

A resistência bacteriana aos antibióticos se tornou uma das maiores ameaças à saúde global na atualidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções por bactérias resistentes aos antibióticos causaram cerca de 1,27 milhões de mortes em 2019, e esse número pode chegar a 10 milhões até 2050 se nenhuma medida for tomada.

A situação na Região das Américas, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), não é diferente: estima-se que 50.000 pessoas morram por ano por causa da resistência bacteriana.

O uso excessivo e inadequado de antibióticos nas últimas décadas contribuiu para o surgimento de bactérias resistentes a esses medicamentos. As bactérias passam por mutações e se adaptam, tornando-se imunes aos antibióticos que antes as eliminavam. Como consequência, as infecções que antes eram facilmente tratáveis agora podem ser fatais, pois os antibióticos podem não mais fazer efeito.

Vacina contra a resistência bacteriana

Para combater esse problema crescente, um time de cientistas da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos,  está desenvolvendo novas abordagens terapêuticas, como uma promissora vacina contra a resistência bacteriana.

Essa vacina, descrita em um estudo recente publicado na revista Nature Communications, atuaria no combate das infecções causadas por um dos principais patógenos humanos: Staphylococcus aureus ( S. aureus ).

Os resultados iniciais da vacina

Em testes com camundongos, a nova vacina se mostrou eficaz contra S. aureus e MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), duas das bactérias mais resistentes aos antibióticos. Ao estimular a proteção contra o patógeno, a vacina reduz a necessidade do uso de antibióticos para comabtê-lo.

Além disso, a vacina preservou o microbioma intestinal com um impacto mínimo, ideal para a saúde geral do organismo.

Embora a pesquisa com a nova vacina ainda esteja em desenvolvimento, os resultados iniciais são extremamente promissores. A abordagem de uma vacina contra a resistência bacteriana é uma grande esperança para a proteção da saúde pública e para o enfretamento desse desafio global.