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13.09 é o DIA MUNDIAL DA SEPSE. Mas o que é isso?

Você já ouviu falar em sepse? É provável que sim, pois é uma condição muito grave e, se não conhece alguém que tenha passado por isso, há muitos “famosos” que tiveram essa triste experiência, como o ator Stênio Garcia e as cantoras Madonna e Preta Gil.

Mas se ainda o termo parece estranho, provavelmente já escutou “infecção generalizada”, um nome que se utilizava antigamente e hoje caiu em desuso. Essa condição tem uma alta incidência de casos e mortes, e ainda é desconhecida por mais de 80% dos brasileiros.

Basicamente, a sepse ou septicemia é uma resposta descontrolada do nosso organismo a alguma infecção, seja causada por bactérias, fungos, vírus ou parasitas. Depois de instaurada no organismo, pode fazer com que os órgãos parem de funcionar.

Septicemia no Brasil
  • Foram registrados 430.000 casos em UTIs,
  • Desses, com uma letalidade de 55%, ou seja, 230 mil mortes. 

A sepse é hoje uma prioridade mundial de saúde, pois são registrados entre 47 milhões e 50 milhões de casos todos os anos, com uma letalidade elevada: 11 milhões de mortos, ou uma morte a cada 2,8 segundos.

A sepse e a resistência bacteriana

E o que isso tem a ver com a resistência bacteriana? Se o desencadeador da sepse for uma bactéria, e o organismo apresentar resistência aos antibióticos, as chances do paciente morrer são enormes!

Não há um exame específico para identificar a sepse. É preciso identificar o local da infecção , recomenda-se a realização de hemograma, radiografia de tórax e exames de urina.

Também é importante ficar de olho se há algum órgão que não está funcionando corretamente. Para isso, há um exame chamado lactato, que mostra se a oferta de oxigênio aos tecidos está adequada.

Por outro lado, é importante se conhecer o agente causador da infecção. Para isso deve ser realizada a coleta de culturas de todos os locais sob suspeita de infecção, mas principalmente do sangue.

Flavia Machado, médica do Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS), comenta que qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse, sendo as mais comuns, a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. O diagnóstico precoce e o tratamento rápido e adequado diminuem os riscos da infecção evoluir para uma sepse.

O ILAS recomenda:
  1. Manter a vacinação em dia: O risco de sepse pode ser reduzido, principalmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação.
  2. Cuidados básicos de higiene, lavando sempre as mãos: Uma higiene adequada das mãos e cuidados com os equipamentos médicos podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse. 
  3. Manter hábitos saúdaveis.
  4.  Evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos.

Nos sites do ILAS é possível encontrar informações, materiais e orientações para as instituições de saúde utilizarem no processo de implementação do protocolo gerenciado de sepse (www.ilas.org.br; www.diamundialdasepse.com.br) e também para conhecer mais sobre a doença e a reabilitação pós-sepse (https://reabilitasepse.com.br/).